Sintomas Físicos
- Dificuldade para dormir ou pesadelos frequentes.
- Dores de cabeça ou estômago sem causa aparente.
- Palpitações ou sensação de falta de ar.
- Sudorese excessiva, agitação.
- Tensão muscular ou fadiga.
Sintomas Emocionais - Certo nervosismo e irritação ou mudanças de humor repentinas.
- Preocupação constante e difícil de controlar.
- Medos irracionais que não desaparecem com o tempo.
- Sensação de estar em perigo iminente.
Sintomas Comportamentais
- Apego excessivo aos pais ou cuidadores.
- Parece não ter foco ou concentração e perda de interesse em atividades favoritas.
- Choro frequente ou explosões emocionais exageradas
- Evitar situações ou lugares que causam medo ou desconforto.
Como agir na Criança com Problemas de Ansiedade
1. Estabeleça um vínculo seguro
A base da intervenção é a criação de uma relação de confiança. A criança precisa se sentir segura para expressar seus medos, dúvidas e sensações.
- Use uma comunicação acolhedora e paciente.
- Valide os sentimentos da criança: “Você está com medo e tudo bem sentir isso.”
- Evite minimizar (“Isso é bobeira”) ou superproteger.
2. Identifique os gatilhos da ansiedade
Investigue, por meio de conversas, desenhos ou brincadeiras, o que causa a ansiedade: escola, separação dos pais, mudanças na rotina, entre outros.
- Faça perguntas abertas e lúdicas.
- Observe o comportamento: inquietação, insônia, queixas físicas, isolamento.
3. Ensine habilidades de autorregulação
Ajude a criança a aprender maneiras saudáveis de lidar com a ansiedade:
- Técnicas de respiração: como o “cheirar a flor e soprar a vela” (inspira e expira lentamente).
- Relaxamento muscular progressivo com linguagem infantil.
- Exercícios de visualização de um “lugar seguro” ou “superpoderes da calma”.
4. Trabalhe com histórias e metáforas
Histórias ajudam a criança a projetar seus sentimentos e compreender seus medos de forma simbólica.
- Crie contos onde o personagem enfrenta situações semelhantes e encontra soluções.
- Use livros infantis sobre emoções e coragem.
5. Modifique padrões de pensamento
Introduza aos poucos a ideia de que os pensamentos podem ser mudados:
- Ensine a identificar “pensamentos assustadores”.
- Ofereça “pensamentos ajudantes” como: “Eu posso tentar”, “Já consegui outras vezes”.
6. Estabeleça rotinas
A previsibilidade traz segurança:
- Rotina diária clara (sono, alimentação, brincadeiras).
- Preparação antecipada para mudanças na rotina (viagens, idas ao médico, etc.).
7. Apoio dos pais
O apoio da família é fundamental:
- Oriente os pais a manterem uma postura calma e consistente.
- Ensine a não reforçar comportamentos ansiosos com superproteção.
- Ofereça acolhimento aos cuidadores, que muitas vezes também estão ansiosos.
8. Quando necessário, voce pais nao estão conseguindo encaminhe
Se a ansiedade estiver muito intensa ou impactando o desenvolvimento da criança, o ideal é um trabalho mais estruturado:
- Psicoterapia infantil com abordagem cognitivo-comportamental, PNL, Consciência Regenerativa ou ludoterapia.
- Encaminhamento a avaliação médica, caso haja suspeita de transtornos ansiosos.
Pais Lembrem-se
"Uma criança tranquila não é aquela que nunca sente medo, mas sim aquela que aprende, com apoio e amor, a enfrentá-lo com coragem."